A EMPREITADA CRIMINOSA DE DELÚBIO E BUMLAI
Na denúncia apresentada há pouco, o MPF conta a história do empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões que José Carlos Bumlai obteve junto ao Banco Schahin a pedido da cúpula do PT. A dívida nunca foi paga, ou melhor, foi paga com contratos bilionários do grupo Schahin na Petrobras...
Na denúncia apresentada há pouco, o MPF conta a história do empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões que José Carlos Bumlai obteve junto ao Banco Schahin a pedido da cúpula do PT. A dívida nunca foi paga, ou melhor, foi paga com contratos bilionários do grupo Schahin na Petrobras.
Segundo os procuradores, “a empreitada criminosa contou ainda com a participação do ex-tesoureiro da agremiação partidária Delubio Soares, que se reuniu pessoalmente com os acionistas do banco Schahin para viabilizar a obtenção dos recursos.”
Parte do dinheiro foi para Ronan Maria Pinto (aquele do caso Celso Daniel) e outra parte foi para a empresa dos publicitários Giovani Favieri e Armando Peralta, que prestaram serviços à campanha do Dr Hélio, do PDT.
Vejam o que diz o MPF:
“José Carlos Bumlai, Giovane Favieri, Armando Peralta e Sandro Tordin se reuniram no segundo semestre de 2004 com o objetivo de fechar a obtenção de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões que seria concedido pelo Banco Schahin a Bumlai, cujo objetivo na realidade era repassar a terceiros para o pagamento de dívidas do Partido dos Trabalhadores.
Após a liberação do empréstimo, Bumlai começou a repassar os valores aos beneficiários finais por intermédio de operações que tinham por objeto ocultar a origem ilícita do dinheiro. Para isso, contou com a cooperação de Natalino Bertin, que emprestou as contas interpostas do Frigorifico Bertin para dificultar o rastreamento do destino final do dinheiro, tendo em conta que esta empresa movimentava elevadas quantias em negócios lícitos.
Do Frigorífico Bertin, metade dos valores seguiram para a Remar Agenciamento e Assessoria Ltda, de Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, empresário do Rio de Janeiro que se incumbiu de direcionar o valor ao empresário Ronan Maria Pinto, em fatos já denunciados pela força-tarefa em abril de 2016.
Outra parcela dos valores foi direcionada pelo Frigorífico Bertin a credores do Partido dos Trabalhadores. Nesse contexto, a empresa Núcleo de Desenvolvimento de Comunicação (NDEC), pertencente a Peralta e Favieri, recebeu R$ 3.405.000,00. O pagamento foi como contraprestação pelos serviços prestados a Helio de Oliveira Santos (PDT), mais conhecido como Dr. HELIO, no segundo turno da campanha a prefeito de Campinas em 2004.
Dr Helio foi o candidato apoiado pelo Partido dos Trabalhadores após a derrota do candidato oficial do partido, Eustáquio Luciano Zica, no primeiro turno. Houve ainda a destinação de R$ 500 mil para pagamento da empresa Omny Par Empreendimentos Consultoria e Participações, que era credora dos publicitários Giovane Favieri e Armando Peralta.”
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