A guerra pelo novo Bolsa Família foi declarada A guerra pelo novo Bolsa Família foi declarada
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A guerra pelo novo Bolsa Família foi declarada

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 24.09.2020 15:51 comentários
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A guerra pelo novo Bolsa Família foi declarada

Ainda na semana passada, O Antagonista revelou que Jair Bolsonaro não desistiu de criar um programa assistencial para chamar de seu porque temia que a oposição roubasse dele o protagonismo no tema...

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A guerra pelo novo Bolsa Família foi declarada
Foto: Adriano Machado/Crusoé

Ainda na semana passada, O Antagonista revelou que Jair Bolsonaro não desistiu de criar um programa assistencial para chamar de seu porque temia que a oposição roubasse dele o protagonismo no tema.

De fato, foi só o presidente divulgar aquele vídeo raivoso em que proibia que se falasse até 2022 em Renda Brasil — o antigo nome do programa, que deu lugar a Renda Cidadã — que parlamentares de esquerda e outros partidos não necessariamente governistas começaram a se movimentar.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT) disse, após a divulgação do vídeo no qual Bolsonaro acabava com o Renda Brasil, que não se podia “abrir mão de um debate amplo sobre a renda básica”.

Tabata é autora de dois projetos, apoiados por parlamentares de mais de 20 partidos, que tratam do assunto: um projeto de lei para reajustar os valores do Bolsa Família, adicionando um benefício para a primeira infância e atualizando as definições de pobreza e extrema pobreza para algo mais próximo dos parâmetros internacionais do Banco Mundial; e de uma PEC que torna a garantia de renda uma política de Estado.

Também após o vídeo de Bolsonaro, o deputado Marcelo Ramos (PL) afirmou, fortalecendo as propostas de Tabata: “Penso que, diante da fala dele, devemos acelerar a tramitação da Câmara da PEC 200/19, que constitucionaliza o Bolsa Família, e do PL 6.072/19, que reorganiza os benefícios, ambos da deputada Tabata Amaral e subscrito por todos os líderes”.

Como noticiamos mais cedo, o Planalto avalia as propostas de Tabata sobre o assunto como as “mais perigosas politicamente”.

No Senado, Eduardo Braga, líder do MDB e que não morre de amores por Bolsonaro, também aproveitou para cavar algum protagonismo: ele logo defendeu sua proposta de taxação de lucros e dividendos e o aumento de impostos para bancos para bancar o programa assistencial. “Não dá para jogar a toalha e deixar desassistidos milhões de excluídos no país”, argumentou.

Hoje, foi a vez de o PT, por meio da deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, tentar surfar na onda: como registramos mais cedo, ela anunciou uma campanha para pedir apoio à aprovação do projeto Mais Bolsa Família, a ideia petista de aumentar o valor atual e incluir mais gente no programa.

O senador Rogério Carvalho, líder do PT, está escalado para fazer barulho nesse sentido.

Todas essas movimentações estavam no radar de ministros e parlamentares governistas, que convenceram Bolsonaro a “não perder a oportunidade” de colocar sua digital em um programa assistencial amplo.

O ministro Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria de Governo, chegou a dizer a Bolsonaro que “a esquerda estava vibrando” com o fim do Renda Brasil e que o governo não podia deixar aquilo acontecer.

O Renda Cidadã, ao que tudo indica, será apresentado na semana que vem. Cabe a pergunta que realmente importa: quem pagará a conta?

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