O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, determinou que o Ministério Público Federal informe, em até 15 dias, os gastos com pagamento de gratificação para procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

O benefício é pago quando há dedicação exclusiva às investigações do caso. A fiscalização foi pedida por parlamentares do PT, com base em críticas que Augusto Aras fez, em agosto, numa live com advogados. Ele disse que o MPF já gastou mais de R$ 3,7 milhões com gratificações.

“A força-tarefa de Curitiba consome mais recursos financeiros que 20 unidades da federação”, disse o procurador-geral na época.

Bruno Dantas pediu que o MPF informe os gastos não só no Paraná, mas com todas as forças-tarefa criadas nos últimos 10 anos, para comparar os gastos com cada uma.

“É importante que este Tribunal obtenha dados de outras operações realizadas pelo MPF para fins de comparação, com o intuito de verificar eventual indício de irregularidade em tais pagamentos no âmbito da Operação Lava Jato”, despachou.

Ele também quer saber se há alternativas para reduzir as despesas, quais as regras para os pagamentos e os responsáveis por autorizá-los.