Deputados da ‘bancada da bala’ na Alesp defendem nesta tarde o projeto que extingue a Ouvidoria da Polícia.
Douglas Garcia (PSL) acusou, sem provas, a ouvidoria de estar ‘aparelhada’. “Só tem comunista, só tem gente do PCdoB”, disse. “Todo esquerdista adora bandido, adora defender bandido”.
Sargento Neri (Avante) defendeu a atuação do soldado João Paulo Servato, que pisou no pescoço de uma comerciante negra no fim de maio. “Ele não pisou, fez a contenção dela para fazer sua segurança periférica”, afirmou. “Ela não foi agredida, foi contida no solo”.
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Apesar da defesa de Neri, o porta-voz da PM de São Paulo, capitão Osmário Ferreira, afirmou que o comportamento de Servato não faz parte do procedimento operacional da corporação. Segundo Ferreira disse na semana passada, a Corregedoria da PM instaurou inquérito militar em maio para apurar o caso assim que soube das imagens.
Na reunião da Alesp, Neri garantiu que a Polícia Militar “não passa a mão na cabeça de ninguém” e de fato toma providências contra policiais que descumprem as regras. “A Polícia Militar não é agressiva”, disse, “nossa sociedade é que está mais violenta”.
“A Ouvidoria e o Condepe nunca foram sérios”, acrescentou Sargento Neri.
Os deputados paulistas debatem nesta tarde requerimento para colocar o projeto do deputado Frederico d’Avila (PSL) em regime de urgência.
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