A ditadura bolivariana na Venezuela é tragédia sob todos os aspectos.

A economia se deteriora indefinidamente (a inflação acumulada dos últimos 12 meses ultrapassou 1.000.000%), o estado de direito é uma ficção sem limites e a crise humanitária só piora.

O Brasil sente os reflexos da calamidade causada por Nicolás Maduro e seus asseclas: em 2018, intensificou-se o fluxo de venezuelanos que migram para cá, em busca de melhores condições de sobrevivência. Até agosto, quase 31 mil cidadãos daquele país já se haviam se instalado por aqui.

Pela proximidade com o país vizinho, Roraima é o estado brasileiro mais afetado pela diáspora– e a ironia é que, ao chegar, boa parte dos migrantes desesperados instala-se numa praça de Boa Vista chamada Simon Bolívar.

Sem estrutura para dar conta das necessidades da própria população, o estado e seus municípios sofrem para receber os venezuelanos, que não raro são hostilizados pelos roraimenses.

Para culminar, Roraima terminou o ano sob intervenção federal. Não por causa dos venezuelanos, mas por causa da roubalheira na administração estadual.

A boa notícia é que Romero Jucá não foi reeleito senador pelo estado.