Alvo do MP do Rio por suspeita de ter ajudado a esconder Fabrício Queiroz, Frederick Wassef ficou famoso nacionalmente quando conseguiu a liminar de Dias Toffoli que suspendeu a investigação de Flávio Bolsonaro – baseada em dados do Coaf.

Até então, o advogado era desconhecido no meio. Em entrevista à Época, em 2019, ele disse que nunca gostou de “fama ou de holofote” e justificou da seguinte forma o fato de não aparecer formalmente como advogado em processos judiciais:

“Você nunca vai achar meu nome nos processos eletrônicos, e faço de propósito. Não quero que saibam que advogo para o Flávio Rocha (acionista das lojas Riachuelo), para o David Feffer (acionista da Suzano Papel e Celulose)… Esses são os tipos de cara que se relacionam comigo, bilionários. Frequento a casa deles, advogo nas coisas íntimas do cara, da esposa, dos filhos, da empresa”, disse Wassef.

Com base na reportagem de Crusoé sobre a quebra de sigilo de suas movimentações financeiras, agora se sabe que, entre os clientes bilionários do advogado de Jair Bolsonaro, estão os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.

Curiosamente, os Batista, assim como Feffer e Flávio Rocha, são empresários que integraram o grupo de apoio a Michel Temer. Fred Wassef também é muito amigo de Fábio Wajngarten, cuja esposa integra o Instituto Liberta, presidido por Luciana Temer e criado por Elie Horn, ex-sócio de Paulo Guedes.

Tanto Flávio Rocha como David Feffer informam que nunca foram clientes de Wassef ou de seu escritório.