O Senado acaba de aprovar, por 70 votos a dois, o projeto do governo que abre caminho para um aumento salarial a policiais civis, militares e bombeiros do DF.

Com o projeto, os militares poderão ter reajuste de 25% em seus salários, e os policiais civis receberão 8% a mais. Os aumentos só serão concretizados após o governo editar uma medida provisória liberando os recursos.

Os salários dessas categorias são custeados pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, abastecido com recursos da União. Os reajustes custarão R$ 505 milhões anuais ao governo federal.

A aprovação foi possível após um acordo entre Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro, com mediação de Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso e relator da proposta.

O projeto inicial, apresentado em janeiro, concedia o aumento apenas aos policiais do DF. Uma mudança feita por Gomes, no entanto, abriu brecha para que militares da ativa, inativos e pensionistas do Amapá –estado de Alcolumbre–, Roraima e Rondônia também tenham os salários reajustados. A expectativa é que o reajuste para os policiais desses estados ocorra após a pandemia.

O Planalto retardou a sanção ao projeto de auxílio a estados e municípios — e, consequentemente, o repasse dos R$ 60 bilhões — por causa dessa votação. Se o texto fosse sancionado, com os vetos sugeridos por Paulo Guedes às categorias que ficariam de fora do congelamento de salários, o aumento para os policiais estaria inviabilizado.

A ideia é que, com o aumento aos policiais do DF efetivados por medida provisória, Bolsonaro sancione na sequência a lei do socorro aos estados e municípios.