Coube ao vice-procurador-geral, José Bonifácio de Andrada, defender novamente no Supremo a busca e apreensão realizada em setembro pela PF no gabinete de Fernando Bezerra.

A ação para anular a diligência foi apresentada ao STF por Davi Alcolumbre.

Na época, Augusto Aras ainda não havia assumido a PGR e, por isso, o então interino, Alcides Martins, apoiou a medida — a antecessora, Raquel Dodge, havia se manifestado contra.

Agora, mesmo apto a opinar no caso, que envolve o líder do governo, Augusto Aras deixou a tarefa para o sub. Bezerra foi um dos principais articuladores da aprovação dele no Senado.

No parecer entregue ao STF, Bonifácio rebateu o argumento da advocacia do Senado de que a busca comprometeria as prerrogativas do Legislativo e do Executivo.

“A medida de busca e apreensão impugnada não foi movida contra o senador em razão de sua atuação em nome do Poder Público, mas por ser investigado pela prática de crimes”, escreveu o vice-PGR.