No grupo de trabalho do pacote anticrime, somente dois parlamentares votaram contra o trecho que previa a necessidade de o juiz revisar a decretação da prisão preventiva a cada 90 dias: o deputado Capitão Augusto (PL), coordenador do grupo, e a deputada Adriana Ventura, do Novo.

A O Antagonista, a deputada disse que não é jurista nem tem formação em direito, mas entendeu ser óbvio que essa obrigatoriedade não daria certo.

“Quem conhece a estrutura do Judiciário, burocrática, complexa e morosa, sabe que é uma ilusão querer que um juiz vá a cada 90 dias monitorar isso. Por isso que votei contra.”

Para a deputada, a soltura do traficante é resultado de “uma sucessão de erros”.

“Avião não cai sozinho. Várias coisas deram errado para a soltura de André do Rap. O juiz poderia ter feito alguma coisa, o Ministério Público poderia ter feito alguma coisa, o ministro do STF poderia ter mandado uma consulta, enfim, houve uma sucessão de erros, um monte de gente errou. Todo mundo tem um embasamento, as pessoas ficam cheias de mimimi, mas o fato é este: muita gente podia ter feito um monte de coisas e ninguém fez. Agora o ‘querido’ traficante está solto.”