Na opinião do Banco Central, se o STF suspender a produção das notas de R$ 200, vai “colocar em risco o atendimento das necessidades de numerário para garantir o funcionamento adequado da economia e do sistema financeiro nacional”.

Em parecer jurídico enviado ao tribunal, o Banco Central disse que a produção da nova nota foi “a única solução técnica possível para a situação emergencial que se apresenta”.

De acordo com o BC, a pandemia de Covid-19 aumentou a demanda por dinheiro em espécie e reduziu o retorno de cédulas aos bancos. O Banco Central calcula que a taxa semanal de retorno esteja entre 20% e 30% da média histórica, e projeta que a demanda por cédulas cresça em R$ 105,9 bilhões até o fim do ano.

O BC disse ainda que testou diversas opções, como aumentar a compra de notas de R$ 100, mas a Casa da Moeda disse que já estava no limite de suas capacidades.

“A única solução remanescente foi a aumentar a encomenda à CMB conjugando necessariamente essa opção com a combinação de denominações que maximizassem o valor monetário a ser produzido”, conclui o documento.

Os argumentos foram levados ao STF em atendimento a ordem da ministra Cármen Lúcia. Ele havia dado ao BC dois dias para se pronunciar sobre uma ação do PSB que pede a suspensão da produção e do lançamento da nota de R$ 200.