Celso de Mello pediu um parecer de Augusto Aras sobre o pedido da Polícia Federal para tomar o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a interferência do presidente na corporação.

Na sexta passada, a delegada do caso, Christiane Correa Machado enviou ofício ao ministro informando que as investigações se encontravam em estágio avançado, e que era necessário ouvir o presidente “nos próximos dias”.

Ainda não foi definido em que data e como será feita a oitiva.

No mês passado, Celso de Mello indicou que o interrogatório deveria ser presencial e não por escrito, sem a possibilidade de o presidente marcar local, data e hora, em razão de sua condição de investigado — as prerrogativas, para o ministro, são reservadas apenas a testemunhas com foro privilegiado.

No início deste mês, Bolsonaro disse que aceitaria falar presencialmente.

Em 2017, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, relatores de duas investigações sobre Michel Temer, concederam a ele o direito de responder por escrito às perguntas dos inquéritos, enviadas previamente pela PGR.