O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse ontem na Folha de S.Paulo que o TCU deve desculpas a Dilma Rousseff por ter aprovado as contas de 2019 de Jair Bolsonaro.

O ministro Bruno Dantas, relator dos dois processos, no entanto, lembrou já na quarta, que são situações incomparáveis.

Em 2019, disse o ministro, houve o pagamento não previsto de R$ 1,5 bilhão pelo INSS, o que “acabou ensejando uma ressalva” às contas de Bolsonaro.

“O que aconteceu em 2014 – e isso foi reconhecido pelos auditores e aprovado à unanimidade pelo Plenário – foi um fenômeno de envolvimento completo do governo numa politica de transgressão à legislação de regência [Lei de Responsabilidade Fiscal]. Identificamos, naquele exercício de 2014, pedaladas no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, no BNDES, com participação do Ministério da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento Social e tantos outros”, disse Dantas.

No caso de Bolsonaro, foi uma “transgressão” de uma autarquia durante 20 ou 30 dias, “num volume oito ou nove vezes menor daquilo que se verificou em 2014”.

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