Em junho do ano passado, a Veja localizou em Garça, no interior de São Paulo, um marceneiro que forneceu portas e batentes em madeira maciça para as obras de reforma na casa da filha de Michel Temer.

O marceneiro admitiu à revista que fez o serviço a pedido do coronel João Batista Lima, o amigão de Temer acusado de receber propina para o presidente. Embora os recibos tenham sido emitidos em nome da filha de Temer, Maristela, foi o coronel Lima quem pagou e cuidou de tudo. “Eu conheço o coronel há tempos. Foi a empresa dele que me pagou”, disse o marceneiro.

Os tais recibos foram encontrados pela Polícia Federal no escritório do coronel, juntamente com outros documentos e comprovantes de pagamento de despesas da família Temer, inclusive do próprio presidente. Parte desses papéis, segundo a mesma reportagem da Veja, estava rasgada, prestes a ser descartada.

Hoje, ao trazer o depoimento de mais um fornecedor da obra de reforma na casa da filha de Temer, a Folha encaixa mais uma peça no mosaico.