A Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho abriu procedimento para investigar a conduta do desembargador Marcos Pinto da Cruz, do TRT da 1ª Região, no Rio de Janeiro.  Ele é acusado pelo MPF de integrar o esquema criminoso chefiado pelo governador afastado do Rio Wilson Witzel.

O corregedor da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, enviou ofício ao tribunal para que cobre explicações do magistrado.

Hoje de manhã, o presidente do TRT-1 deu cinco dias para Marcos Pinto se explicar sobre as acusações.

Os fatos foram descritos na delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos.

Edmar disse ter sido apresentado ao desembargador por Wilson Witzel para que eles conversassem sobre os processos trabalhistas das organizações sociais da área da saúde contratadas pelo estado.

Segundo o relato de Edmar, Marcos Pinto disse que poderia decidir em favor das OS caso elas contratassem a advogada Eduarda Pinto da Cruz, sua irmã.

O esquema não vingou, mas, segundo o MPF, a delação apontou indícios do envolvimento do desembargador na organização criminosa chefiada por Witzel.

O gabinete do desembargador foi alvo de busca e apreensão na sexta. A diligência foi autorizada na mesma decisão que afastou Witzel do cargo por 180 dias, assinada pelo ministro Benedito Gonçalves.