O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que a decisão de reabrir gradativamente alguns setores da economia pode ser revista caso os índices de contágio pelo novo coronavírus subam na capital paulista.

“O estado já deu os critérios. O próprio governo do estado prevê que isso possa acontecer, ao dizer que você pode avançar para fase 2, como pode retroceder para a 1. Faz parte do plano. E isso está acontecendo em todo o mundo. A Coreia, que tinha reaberto, voltou a fechar algumas atividades. Se, com a reabertura, ou com a ida para a fase 2 ou 3 alguns índices piorarem, volta para a fase anterior. Isso vai ser automático e vai ser por revisão semanal”, afirmou Covas ao Estadão.

“A gente atingiu uma Rt [taxa de transmissão, ou o número de pessoas que um doente pode infectar] de 1 na cidade, o Rt referência quando se fala em reabertura. Conseguimos ampliar em mais de mil leitos de UTI e este fim de semana chegarão 380 respiradores. O fôlego que ganhamos foi para que o sistema de saúde pudesse ser reforçado, para reabrir com a devida cautela”, completou o tucano.

Até ontem, segundo Covas, a prefeitura já havia recebido 33 propostas de representantes do comércio e do setor de serviços para a reabertura de estabelecimentos na cidade.

“A gente continua com a fiscalização de agentes da Vigilância Sanitária e subprefeituras, e a ideia desses protocolos é também chamar o setor para autorregulação. Se a cidade voltar aos níveis da fase 1, sai da fase 2 e aquilo que está autorizado a abrir volta a ter de ficar fechado. Ninguém mais interessado que permaneça nessa fase 2 do que os próprios setores.”