Denunciante do esquema de Chico Rodrigues envolveu Telmário e vereador, mas PGR não viu ilícito Denunciante do esquema de Chico Rodrigues envolveu Telmário e vereador, mas PGR não viu ilícito
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Denunciante do esquema de Chico Rodrigues envolveu Telmário e vereador, mas PGR não viu ilícito

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4 minutos de leitura 22.10.2020 20:00 comentários
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Denunciante do esquema de Chico Rodrigues envolveu Telmário e vereador, mas PGR não viu ilícito

Em depoimento à Polícia Federal, Francisvaldo Paixão, denunciante do esquema de Chico Rodrigues (DEM), afirmou que o vereador de Boa Vista Rômulo Amorim (PTC) atuava em nome do senador Telmário Mota (PROS) na Secretaria de Saúde de Roraima...

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Denunciante do esquema de Chico Rodrigues envolveu Telmário e vereador, mas PGR não viu ilícito
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em depoimento à Polícia Federal, Francisvaldo Paixão, denunciante do esquema de Chico Rodrigues (DEM), afirmou que o vereador de Boa Vista Rômulo Amorim (PTC) atuava em nome do senador Telmário Mota (PROS) na Secretaria de Saúde de Roraima.

Em depoimento à PF, Francisvaldo contou que foi procurado por Rômulo em janeiro deste ano para viabilizar a compra de ar condicionado para uma maternidade em Rorainópolis.

As verbas viriam de emendas parlamentares de Telmário. A ata de preços apresentada pelo vereador, disse Francisvaldo, tinha sobrepreço.

“RÔMULO deixou claro que a intenção era realmente fraudar o processo e ganhar dinheiro em cima”, disse o ex-servidor no depoimento à Polícia Federal.

Francisvaldo contou que, em abril, participou de uma reunião com Telmário, Rômulo e seu chefe à época, o então secretário de Saúde, Francisco Monteiro.

“Nessa ocasião o senador TELMÁRIO informou ao declarante que o representante para tratar das destinações das emendas era o vereador RÔMULO AMORIM; QUE TELMÁRIO ressaltou que tudo que fosse relacionado às emendas deveria ser tratado com o vereador RÔMULO e que ele resolveria todas as questões; QUE, ao final da reunião, o Secretário determinou que o declarante atendesse às demandas do senador, vinculadas às emendas parlamentares deste”, disse Francisvaldo à PF.

Em outro trecho do depoimento, Francisvaldo contou que, no dia 3 de abril, Rômulo Amorim lhe disse que as emendas parlamentares de Telmário, que somavam R$ 8 milhões, deveriam ser direcionadas para o empresário Dário Alencar.

Francisvaldo foi demitido em 17 de abril e disse que a compra dos aparelhos de ar condicionado passou a ser tratada dentro da Secretaria de Saúde por outro servidor, Silvio Rodrigues.

As investigações da Polícia Federal mostraram que Francisvaldo, ainda antes de assumir o cargo na Secretaria de Saúde de Roraima, mantinha contato com uma assessora parlamentar de Telmário, Jane Heyre de Souza Cruz Pereira.

Numa das conversas, em novembro de 2019, eles falam de emenda parlamentar de Telmário. Jane diz: “O Rômulo vai contigo amanhã”. Em outra conversa, Jane pergunta se Francisvaldo poderia receber Telmário e Rômulo para tratar de uma emenda de R$ 7 milhões do senador.

Telmário nega que tenha se reunido em 1º de abril com Francisvaldo, Rômulo e o ex-secretário de Saúde Francisco Monteiro. Também diz que “nenhuma empresa – investigada ou não – recebeu qualquer valor da emenda que foi destinada à saúde do município de Rorainópolis“.

Neste mês, a PF fez busca na casa de Rômulo, mas não encontrou indícios de que ele atuasse como operador do senador.

“A análise conjunta das diligências, das apreensões e da exploração dos dados obtidos não trouxe elementos que permitam concluir que ROMULO SOARES AMORIM, vereador do município de Boa Vista-RR, de fato, atue como operador e representante do parlamentar federal TELMÁRIO MOTA”, afirmou, em relatório, o delegado João Marcello Rodrigue Uchoa.

Em parecer sobre a operação, a PGR afirmou “não foram apurados indícios que solidifiquem a participação do Senador Telmário em intervenções para aquisições irregulares ou, tampouco, em utilizações indevidas da influência decorrente do cargo.”

“As apurações, nesse sentido, devem prosseguir, a fim de permitir a visão ampla dos acontecimentos e verificar a necessidade de se manter a apuração desse fato junto ao Supremo Tribunal Federal”, diz o órgão.

Relator do caso, Luís Roberto Barroso não autorizou buscas contra o senador. Mesmo assim, por ter sido citado no caso, Telmário reclamou do ministro, a quem chamou de “quadrilheiro”.

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