Raquel Dodge justificou a decisão de não usar provas do inquérito aberto por iniciativa de Dias Toffoli com base no preceito de que um mesmo órgão — no caso, o STF — não pode acumular as funções de investigar e julgar.
“O sistema penal acusatório estabelece a intransponível separação de funções na persecução criminal: um órgão acusa, outro defende e outro julga. Não admite que o órgão que julgue seja o mesmo que investigue e acuse”, escreveu a procuradora-geral da República.
Na manifestação enviada ao relator do inquérito, Alexandre de Moraes, Dodge também disse que o processo penal num regime democrático “sustenta-se na premissa da isenção e imparcialidade do Poder Judiciário, em razão da clara separação das funções”.
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