Eleitorado brasileiro não é apenas de 'coxinhas e mortadelas' Eleitorado brasileiro não é apenas de 'coxinhas e mortadelas'
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Eleitorado brasileiro não é apenas de ‘coxinhas e mortadelas’

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3 minutos de leitura 06.11.2017 16:04 comentários
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Eleitorado brasileiro não é apenas de ‘coxinhas e mortadelas’

No artigo que escreveu para o El País sobre o cenário eleitoral de 2018, o estrategista Marcello Faulhaber explicou que não se pode dividir o eleitorado brasileiro apenas entre direita e esquerda...

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Eleitorado brasileiro não é apenas de ‘coxinhas e mortadelas’
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No artigo que escreveu para o El País sobre o cenário eleitoral de 2018, o estrategista Marcello Faulhaber explicou que não se pode dividir o eleitorado brasileiro apenas entre direita e esquerda.

Segundo ele, a maioria dos analistas erra ao aplicar esse modelo unidimensional. Na melhor das hipóteses, separam o eleitor “em esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita e direita”.

“Esse tipo de segmentação funciona muito bem em alguns países desenvolvidos. No Brasil, esse tipo de correlação é absolutamente falsa – mesmo no ambiente polarizado das redes sociais que tende a reduzir as pessoas a ‘coxinhas’ e ‘mortadelas’.”

Faulhaber prefere segmentar esse eleitorado em quatro grandes grupos: 1) eleitores com valores conservadores que preferem (ou precisam de) um Estado grande; 2) eleitores com valores liberais que preferem (ou precisam de) um Estado grande; 3) eleitores com valores conservadores que preferem um Estado pequeno; 4) eleitores com valores liberais que preferem um Estado pequeno.

“Nossas elites políticas se dividem entre os ‘liberais do Estado grande’ (‘a esquerda’) e os ‘conservadores do Estado pequeno’ (‘a direita’). Já as maiores fortunas e as lideranças dos principais grupos empresariais do país (o establishment) que, em larga medida, tem forte influência sobre a mídia, identificam-se com valores liberais e preferem um Estado pequeno (com exceção da conta de juros, evidentemente).

A última pesquisa que realizei, indica os seguintes percentuais para cada um desses segmentos do eleitorado: 55% para os ‘conservadores do Estado grande’, 23% para os ‘liberais do Estado grande’, 16% para os ‘conservadores do Estado pequeno’ e apenas, 6% para os ‘liberais do Estado pequeno’. Esses percentuais nos demonstram o porquê da maioria da população se sentir tão pouco representada, seja por nossas elites políticas, seja pelos mais importantes veículos de comunicação do país.”

Para o estrategista, Lula (apesar do PT), Bolsonaro, Doria, Alckmin e Ciro são candidatos que se posicionam exclusivamente em um polo de um eixo específico e são difusos no outro eixo.

“Lula e Ciro são os champions do ‘Estado grande’; Bolsonaro e Alckmin são os champions dos valores comportamentais conservadores; e Doria é o champion do ‘Estado pequeno’ – não por acaso até muito recentemente, era o mais querido do mercado financeiro.

Huck, Marina e Joaquim Barbosa são candidatos ‘camaleônicos’: conseguem expressar imagens e discursos variados dependendo do público. Eles podem, por exemplo, ser percebidos por eleitores das classes C2, D e E como ‘conservadores do Estado grande’ e simultaneamente, serem percebidos como ‘liberais do Estado pequeno’ pelos eleitores das classes A, B e C1. No mundo de hoje, a figura que mais classicamente encarna esse tipo de posicionamento é a chanceler alemã, Angela Merkel: a líder que há mais tempo comanda um país democrático no mundo.”

 

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