O empresário Abdul Fares, que revelou à CPI da Pandemia fraudes na FIB Bank, disse ao Metrópoles que a empresa é fantasma e apontou o advogado Marcos Tolentino como verdadeiro dono. A FIB Bank foi responsável por emitir a carta-fiança usada pela Precisa para fechar contrato com o Ministério da Saúde para a venda da Covaxin.

Tolentino prestará depoimento aos senadores na próxima quarta-feira 1.

O empresário paulistano contou que, em 2020, precisava de garantia para alugar um imóvel e recebeu das mãos do próprio Tolentino uma carta-fiança da FIB Bank.

“O Tolentino me entregou a carta-fiança, me deu parabéns pelo negócio e me desejou boa sorte. Depois, em vez de dono da FIB Bank, o Tolentino passou a se portar como mero coligado à empresa. Ele parou de assumir essa posição de dono, de protagonista (…) Nunca imaginei que o Tolentino ou a FIB Bank não fossem idôneos. Primeiro porque o Tolentino é dono da Rede Brasil, um canal religioso, e aparenta ser um empresário de boa fé. A gente nunca imaginou que a carta-fiança não tivesse fundo, que o terreno não existisse, que fosse uma empresa gerida por mortos.”