A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já multou Eike Batista em pelo menos R$ 22,4 milhões, abriu novo processo contra o empresário, registra o Valor.

Segundo a autarquia, Eike infringiu regras do mercado de capitais sobre a divulgação de “informações verdadeiras, completas e consistentes e que não induzam o investidor a erro” como diretor e conselheiro de empresas do grupo X.

Embora tenha afirmado na autobiografia “O X da Questão” ser “engenheiro por formação, ainda que não tenha completado a graduação” na Universidade de Aachen, na Alemanha, o empresário se qualificava como “bacharel” e “engenheiro”, ou apontava que “cursou engenharia”, em documentos formais e oficiais divulgados ao mercado e apresentados ao órgão regulador do mercado de valores, nota a CVM no processo obtido pelo jornal.

Para a autarquia, “uma graduação concluída na Alemanha” pode ter influenciado muitos investidores a comprar ações do chamado grupo X.

Dúvidas sobre a formação de Eike já haviam surgido quando ele foi preso em 2017, já que presos com nível superior têm direito a prisão especial.

Agora ele terá de se explicar.