

Renan da Silva Sena foi um dos alvos da operação da PF esta manhã que mirava um grupo que, nas redes sociais, propagandeia a intervenção militar e a prisão de ministros do STF.
Sena afirmou a O Antagonista que os policiais, porém, foram a uma casa da qual ele saiu há poucos meses. O investigado, conta, troca constantemente de endereço, morando de favor na casa de amigos, para desviar-se das “perseguições”
“Eu mudou constantemente de lugar, por causa da perseguição da esquerda e dessas questões do STF. Então, um amigo me ligou hoje às 6h porque eles foram em um endereço que eu já passei. Eles pegaram o registro errado, porque [eu me mudo] desde que eu comecei a fazer as carreatas e os acampamentos.”
Em nota, a Polícia Federal afirmou que os investigados, além de gravar vídeos, arrecadavam dinheiro para promover atos contra os ministros do Supremo e para pedir intervenção militar.
Sena foi um dos organizadores da manifestação de abril em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, da qual Jair Bolsonaro participou. Ele confessou a O Antagonista que recebia auxílio financeiro de outros manifestantes.
“Desde as carreatas, as três primeiras eu paguei do meu bolso com o trabalho de bico que eu faço, porque sou engenheiro. Eu nunca tive soma vultuosa. Todos que quiseram ajudar pagaram diretamente o fornecedor. Um deu 50 [reais], outro deu 200, e assim vai.”
Segundo o investigado, o objetivo das manifestação era copiar os movimentos de extrema-direita da Ucrânia, que derrubaram o presidente Viktor Yanukovych em 2014 após uma onda de protestos.
“Eu sou o responsável por algumas das maiores carreatas que fizemos aqui, pedindo intervenção militar com Bolsonaro no poder (…). Eu estava sonhando com uma Ucrânia aqui no Brasil. Muita gente lá para a gente resolver o problema do país.”