Exclusivo: Ricardo Barros é acusado de receber mais de 5 milhões em propina da Galvão Engenharia Exclusivo: Ricardo Barros é acusado de receber mais de 5 milhões em propina da Galvão Engenharia
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14.08.2020

Exclusivo: Ricardo Barros é acusado de receber mais de 5 milhões em propina da Galvão Engenharia

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo Jair Bolsonaro, foi delatado por dois executivos da Galvão Engenharia. Segundo eles, o parlamentar teria recebido R$ 5 milhões para intermediar negócios da companhia junto à Copel (a estatal de energia do Paraná)...

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo Jair Bolsonaro, foi delatado por dois executivos da Galvão Engenharia. Segundo eles, o parlamentar teria recebido mais de R$ 5 milhões para intermediar negócios da companhia junto à Copel (a estatal de energia do Paraná).

De acordo com termos de colaboração, obtidos por O Antagonista, os valores foram negociados e pagos entre 2011 e 2014. Barros teria recebido R$ 1,55 milhão em espécie e outros R$ 3,53 milhões em doações eleitorais via Diretório Nacional do PP (Progressistas), do qual era tesoureiro.

Um dos delatores é Dario de Queiroz Galvão Filho, então presidente da Galvão Participações, controladora do grupo.

Ele narrou que, em 2011, a Galvão decidiu vender seus ativos na área de energia e queria ter acesso à diretoria da Copel (estatal de energia do Paraná), que poderia ser um potencial comprador.

“Com a ajuda de Ricardo Barros, a Galvão conseguiu viabilizar em 30 de novembro de 2011 a venda de 49,9% de sua participação na São Bento Energia (holding proprietária de quatro parques eólicos em construção) para a Copel. Barros funcionou como interlocutor do governo na transação e auxiliou a destravar o processo de negociação da venda à Copel. Ricardo Barros mostrava ter influência e ascendência sobre os agentes públicos da estatal.”

Ainda segundo o delator, o parlamentar “solicitou (e recebeu) um pagamento de vantagem indevida”. O relato foi corroborado por outro diretor da companhia que participou das negociações.

“Restou acertado que ele faria jus ao recebimento de R$ 1 milhão e 1,5% dos valores que a Copel viesse a a portar dentro da SPE São Bento Energia. Tal acerto ocorreu em Curitiba em reunião realizada na sede do Partido, entre abril e novembro de 2011, possivelmente em 14 de junho).”

Além do registro da viagem para a capital paranaense naquele dia, o delator entregou anotações de 1 de outubro de 2013, sobre o ‘saldo devedor’ da companhia em relação a Barros. “No total foram pagos em espécie o valor de R$ 1.550.000,00 nas datas citadas na planilha abaixo elaborada à época.”

Ainda segundo os delatores, posteriormente, em 2013, Ricardo Barros foi novamente procurado para viabilizar a venda dos ativos remanescentes da São Bento Energia.

“Desta feita, Ricardo Barros solicitou o pagamento de R$ 1,2 milhão para si, acrescido de 2,5% do valor da transação em benefício do governo do estado.” O ajuste foi ratificado numa outra reunião em Maringá, “em uma sala na Prefeitura da cidade”.

Por indicação de Barros, dizem, a quitação da fatura se deu em doações eleitorais ao diretório do qual era (e ainda é) tesoureiro nacional. O próprio parlamentar assina um dos recibos eleitorais. Procurado por O Antagonista, Barros disse desconhecer os termos da delação citada.

Assista ao comentário de Claudio Dantas no Gabinete de Crise:

 

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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo Jair Bolsonaro, foi delatado por dois executivos da Galvão Engenharia. Segundo eles, o parlamentar teria recebido R$ 5 milhões para intermediar negócios da companhia junto à Copel (a estatal de energia do Paraná)...

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo Jair Bolsonaro, foi delatado por dois executivos da Galvão Engenharia. Segundo eles, o parlamentar teria recebido mais de R$ 5 milhões para intermediar negócios da companhia junto à Copel (a estatal de energia do Paraná).

De acordo com termos de colaboração, obtidos por O Antagonista, os valores foram negociados e pagos entre 2011 e 2014. Barros teria recebido R$ 1,55 milhão em espécie e outros R$ 3,53 milhões em doações eleitorais via Diretório Nacional do PP (Progressistas), do qual era tesoureiro.

Um dos delatores é Dario de Queiroz Galvão Filho, então presidente da Galvão Participações, controladora do grupo.

Ele narrou que, em 2011, a Galvão decidiu vender seus ativos na área de energia e queria ter acesso à diretoria da Copel (estatal de energia do Paraná), que poderia ser um potencial comprador.

“Com a ajuda de Ricardo Barros, a Galvão conseguiu viabilizar em 30 de novembro de 2011 a venda de 49,9% de sua participação na São Bento Energia (holding proprietária de quatro parques eólicos em construção) para a Copel. Barros funcionou como interlocutor do governo na transação e auxiliou a destravar o processo de negociação da venda à Copel. Ricardo Barros mostrava ter influência e ascendência sobre os agentes públicos da estatal.”

Ainda segundo o delator, o parlamentar “solicitou (e recebeu) um pagamento de vantagem indevida”. O relato foi corroborado por outro diretor da companhia que participou das negociações.

“Restou acertado que ele faria jus ao recebimento de R$ 1 milhão e 1,5% dos valores que a Copel viesse a a portar dentro da SPE São Bento Energia. Tal acerto ocorreu em Curitiba em reunião realizada na sede do Partido, entre abril e novembro de 2011, possivelmente em 14 de junho).”

Além do registro da viagem para a capital paranaense naquele dia, o delator entregou anotações de 1 de outubro de 2013, sobre o ‘saldo devedor’ da companhia em relação a Barros. “No total foram pagos em espécie o valor de R$ 1.550.000,00 nas datas citadas na planilha abaixo elaborada à época.”

Ainda segundo os delatores, posteriormente, em 2013, Ricardo Barros foi novamente procurado para viabilizar a venda dos ativos remanescentes da São Bento Energia.

“Desta feita, Ricardo Barros solicitou o pagamento de R$ 1,2 milhão para si, acrescido de 2,5% do valor da transação em benefício do governo do estado.” O ajuste foi ratificado numa outra reunião em Maringá, “em uma sala na Prefeitura da cidade”.

Por indicação de Barros, dizem, a quitação da fatura se deu em doações eleitorais ao diretório do qual era (e ainda é) tesoureiro nacional. O próprio parlamentar assina um dos recibos eleitorais. Procurado por O Antagonista, Barros disse desconhecer os termos da delação citada.

Assista ao comentário de Claudio Dantas no Gabinete de Crise:

 

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