Interrogado pelo juiz Vallisney de Oliveira, Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, disse que não reclamava de sua parte na propina porque estava no banco para turbinar seu currículo.

Hoje delator da Lava Jato, Cleto é acusado de participação no esquema de corrupção da Caixa, juntamente com Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Lúcio Funaro.

Vallisney perguntou se ele achava justo ficar com 4% dos subornos pagos por grandes empresas ao grupo.

Resposta de Cleto, segundo o relato da Folha: “Nunca fiz esse questionamento, porque meu objetivo era passar quatro anos na Caixa, valorizar meu currículo, sair de lá e voltar para o mercado privado, onde eu sempre tinha ganhado bastante dinheiro”.

Segundo o delator, o lugar para “ganhar dinheiro com consciência limpa” é o mercado. “Então, apesar de receber 4% da propina arrecadada, nunca questionei querendo ganhar mais”, acrescentou.