O ministro Luz Edson Fachin disse hoje que liberar a candidatura de Lula em 2018 “teria feito bem à democracia brasileira”. O ex-presidente foi enquadrado pelo TSE na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado por corrupção em segunda instância.

Fachin, vice-presidente do TSE, na época votou a favor da possibilidade de Lula se candidatar. Ficou vencido – e isolado. Os demais integrantes do tribunal acompanharam o voto do ministro Luís Roberto Barroso, que proibiu o ex-presidente condenado de concorrer com Bolsonaro.

“No julgamento no TSE em que esteve em pauta a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fiquei vencido, mas mantenho a convicção de que não há democracia sem ruído, sem direitos políticos de quem quer que seja. Não nos deixemos levar pelos ódios”, disse hoje Fachin, em evento online promovido pelo Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade).

Segundo o ministro, “o tempo mostrou que teria feito bem à democracia brasileiro se a tese que sustentei no TSE tivesse prosperado na Justiça Eleitoral. Fazer fortalecer no Estado democrático o império da lei igual para todos é imprescindível, especialmente para não tolher direitos políticos”.

Fachin hoje é vice-presidente do TSE e assumirá a presidência quando terminar o mandato de Barroso, o atual presidente.