A Segunda Turma do STF vai julgar, entre os dias 5 e 12 de março, dois habeas corpus de Lula que apontam suspeição dos desembargadores do TRF-4 João Pedro Gebran Neto e Carlos Thompson Flores, que julgam na segunda instância recursos contra as condenações na Lava Jato.

A defesa questiona a imparcialidade dos magistrados no julgamento que confirmou a condenação do ex-presidente no processo do sítio de Atibaia. Em novembro de 2019, por unanimidade, Gebran Neto, Thompson Flores e Leandro Paulsen aumentaram a pena de 12 para 17 anos.

Num dos HCs, a defesa de Lula cita trecho de um livro de Gebran em que diz que tem com Sergio Moro “uma amizade que só faz crescer”.

Em relação a Thompson Flores, cita o episódio em que, como presidente do TRF-4, em julho de 2018, ele impediu a soltura de Lula pelo desembargador Rogério Favreto, que estava de plantão no tribunal num fim de semana.

O julgamento foi agendado por Edson Fachin, que já negou, monocraticamente, os dois pedidos de suspeição. A defesa recorreu e agora as ações serão analisadas por Kassio Marques, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia.