Em seu blog, Andréia Sadi ouviu procuradores para os quais classificar Geddel Vieira Lima como “líder de organização criminosa” —como fez Raquel Dodge— não impediria que ele delatasse.

Para Thaméa Danelon, “a lei não proíbe que o eventual líder realize a delação. Pois na delação, além de confessar os crimes e assumir a culpa, o delator também entrega valores desviados e poderá também entregar outros comparsas.”

Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato, afirma que “a lei, expressamente, só restringe a concessão de imunidade ao líder da organização criminosa. Se houver colideres, bem como houver conhecimento de outras organizações criminosas, não haverá óbice para um acordo. Desde que não se ofereça imunidade.”

Hélio Telho, por sua vez, diz que “a lei não impede que alguém em posição de liderança seja colaborador. Ela só não permite que ‘o lider’, isto é, o chefe maior, se beneficie com a imunidade penal [não seja denunciado].”