Globo diz que versão de Bolsonaro sobre reunião “não encontra respaldo na realidade”
Como publicamos mais cedo, o ministro Augusto Heleno, chefe do GSI, enviou uma nota ao jornalismo da Globo repudiando a reportagem exibida ontem sobre as trocas feitas por Jair Bolsonaro em sua segurança no final...
Como publicamos mais cedo, o ministro Augusto Heleno, chefe do GSI, enviou uma nota ao jornalismo da Globo repudiando a reportagem exibida ontem sobre as trocas feitas por Jair Bolsonaro em sua segurança no final de março.
Em resposta ao ministro, a Globo divulgou a seguinte nota:
“A nota do ministro do gabinete de segurança institucional Augusto Heleno confirma integralmente o que o Jornal Nacional publicou. Que o antigo titular da direção de segurança pessoal da presidência, o então coronel Sá Correa, foi promovido a general de brigada por escolha do presidente Bolsonaro. E que o substituto escolhido foi o número dois do departamento. Em nenhum momento, o Jornal Nacional questionou os méritos do general Sá Correa.
Quis apenas mostrar que a versão do presidente sobre o que disse na reunião ministerial de 22 de abril não encontra respaldo na realidade. O presidente reiteradas vezes afirmou que se referia à segurança dele, de sua família e de seus amigos, quando disse que tentou fazer mudanças na segurança do Rio e não conseguiu.
Como mostrou o Jornal Nacional, o presidente não teve dificuldades em fazer trocas no departamento responsável por sua segurança. Promoveu o titular, substituiu-o pela seu adjunto e também trocou a chefia do escritório no Rio. Sem dificuldades.
Por fim, é de se destacar que a frase do presidente Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 22 abril ganha agora mais uma versão. Segundo o ministro Augusto Heleno, o presidente, ao mencionar a segurança no Rio, quis dar apenas um exemplo sobre o que faria caso quisesse realizar uma troca no setor e encontrasse oposição: poderia chegar até a demitir o ministro para ver a sua decisão cumprida, não tendo o presidente se referido a nenhum caso real que houvesse ocorrido. Registre-se também que o ministro Augusto Heleno não esclareceu por que motivo o presidente se viu compelido a dar esse exemplo.
A dúvida permanece.”
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