O governo de Santa Catarina foi alertado por autoridades sanitárias, em dezembro de 2020, sobre o risco de colapso no sistema de saúde em razão da Covid-19, diz o Estadão.

Naquele mês, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, Cievs, emitiu a seguinte nota:

“Com as UTIs já lotadas e com o tempo de internação médio superior a 15 dias, significa que quando os casos graves relacionados às confirmações dos últimos dias necessitarem de UTI, os leitos ainda estarão ocupados, levando ao colapso da assistência e consequentemente ao aumento do número de óbitos.”

O documento foi anexado a um processo do Tribunal de Contas que analisou as medidas adotadas pelo governo catarinense para conter a pandemia. 

Em 8 de março, o caso foi julgado e o governo foi cobrado por uma série de medidas, entre elas a adoção de lockdown por duas semanas, o que nunca ocorreu.

Na última quarta-feira, o Ministério Público do estado ingressou então com ação por omissão após o governador Carlos Moisés anunciar um novo decreto que liberava a abertura de bares, shoppings e academias.

Em SC, quase 400 pessoas estão na fila por uma vaga na UTI.