

Ao contrário do que foi inicialmente informado pelo TSE, os hackers que divulgaram no domingo (15) dados de funcionários do tribunal conseguiram obter informações recentes, deste ano.
Na segunda-feira (16), Luís Roberto Barroso disse que os dados vazados, com informações de funcionários e até de ex-ministros, eram relativos ao período de 2001 a 2010.
Uma análise mais aprofundada da Polícia Federal, que investiga o caso, constatou que existem dados de 2020, como endereços e telefones, que aparecem no Portal do Servidor, um sistema administrativo, acessado só por servidores, e sem relação com o processo eleitoral.
Inicialmente, o TSE também informou que o ataque teria ocorrido antes de outubro. Agora, a suspeita é que ocorreu antes do dia 1º de setembro. O ataque partiu de Portugal.
Na segunda, Barroso disse suspeitar que o ataque tenha relação com “milícias digitais” pró-ditadura, uma vez que o vazamento só foi divulgado no domingo, dia do primeiro turno.
“Milícias digitais entraram imediatamente em ação [após a divulgação do vazamento] tentando desacreditar o sistema. Há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados no STF”, afirmou.
No domingo, houve nova tentativa de ataque hacker ao sistema do tribunal, mas por meio de acessos massivos para derrubar o sistema. O ataque, com origem no Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos, foi neutralizado e não afetou a votação, apuração e totalização dos votos.
A divulgação dos resultados atrasou porque a inteligência artificial do supercomputador não conseguiu processar rapidamente a grande quantidade de dados.
Hoje, Barroso criou uma Comissão de Segurança Cibernética, a ser presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, para acompanhar a investigação da PF sobre os ataques e elaborar estudos para prevenir e combater novas tentativas.
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