A juíza federal de segunda instância Maria do Carmo Cardoso liberou recursos e aeronaves de um grupo suspeito de atuação em garimpo ilegal de ouro na terra indígena yanomami, diz a Folha.

A partir de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, os bens tinham sido sequestrados.

Os empresários beneficiados pela decisão de Maria do Carmo são acusados de crimes ambientais, lavagem de dinheiro e de integrar uma organização criminosa para exploração ilegal de ouro.

A juíza é amiga do senador Flávio Bolsonaro e foi decisiva para indicação de Kassio Marques ao STF, ainda segundo o jornal. Ela é chamada de “Tia Carminha” pelo clã Bolsonaro e atua como uma “conselheira jurídica” da família.

Três processos em curso na Justiça Federal resultaram na apreensão de bens, entre eles nove aeronaves, determinada por um juiz de primeira instância.

Maria do Carmo, em liminar deferida em 14 de dezembro, determinou a liberação de 50% dos valores e bens sequestrados, “para que [os investigados] possam dar continuidade a suas atividades financeiras”.