Além da prisão de Ricardo Nunes, a Justiça bloqueou imóveis avaliados em R$ 60 milhões do empresário, fundador da Ricardo Eletro. Trata-se do valor de galpões e terrenos que ele adquiriu nos últimos anos na região metropolitana de Belo Horizonte.

A suspeita é que os imóveis foram comprados com dinheiro de sonegação do ICMS em Minas, calculada em R$ 380 milhões nos últimos 10 anos. O Ministério Público, porém, estima que o desvio tenha sido bem maior, por afetar a arrecadação tributária de outros estados.

“A lavagem de dinheiro, a ocultação patrimonial vem ocorrendo de 2012 a 2018, e o crime não está prescrito. Ele vem adquirindo imóveis urbanos, sobretudo na região metropolitana de Belo Horizonte. Tinha terrenos urbanos que deram origem a shopping centers, pelo menos dois”, afirmou o promotor Fabio Nazareth.

O bloqueio de bens serve para reparação dos cofres públicos, em caso de condenação.

Ricardo Nunes e a filha, Laura Nunes, foram presos hoje na Operação Direto com o Dono. A investigação se baseou em decisão do ano passado do STF que considerou crime a apropriação do ICMS declarado por empresas, mas não pago.