Somente neste ano, o deputado federal Wellington Roberto, líder do PL (antigo PR) na Câmara e expoente do Centrão, já gastou R$ 195 mil do chamado cotão com despesas de divulgação da atividade parlamentar.

Mensalmente, por exemplo, o deputado paga para que sites da Paraíba, seu estado, façam matérias sobre suas ações em Brasília.

Em abril, por exemplo, o deputado transferiu R$ 2 mil para o site “WSCOM Inovação e Credibilidade”, no qual foram publicadas naquele mês duas matérias sobre o deputado: “Welington Roberto emplaca até R$ 100 mil para microempresas e decreto de Calamidade Pública na Paraíba” e “Wellington Roberto revela que Paraíba é o Estado mais problemático com possíveis falhas em presídios”. Em momento algum, há a sinalização para os leitores do site de que podem se tratar de matérias pagas.

Outro exemplo: em maio, o líder partidário pagou R$ 3 mil ao site “Polêmica Paraíba – Jornalismo Plural e Ponto Final”, onde, naquele mês, foi publicada uma matéria com o título “Wellington Roberto pede repatriação de jovens brasileiros na Índia com Covid-19”, também sem qualquer sinalização de eventual anúncio.

Todas as notas fiscais dos serviços prestados estão no site da Câmara e são públicas.

O cotão é uma dinheirama a que congressistas têm direito para usar com quase tudo o que você conseguir imaginar.