Jair Bolsonaro confirmou hoje que vai pedir a abertura de investigação contra Luis Miranda. Anteontem, o deputado disse a O Antagonista que levou ao presidente documentos que provariam irregularidades na compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde.

“Olha a vida pregressa dele, é lógico que vai abrir inquérito”, disse Bolsonaro em entrevista à imprensa em Sorocaba, que visita hoje para um centro de tecnologia.

O presidente negou superfaturamento na compra da vacina indiana, oferecida ao Brasil por US$ 15 — a mais cara negociada pelo governo brasileiro. Ele reiterou que nada ainda foi pago à Precisa Medicamentos, empresa brasileira que intermediou o contrato.

“Foi comprada a vacina? Eu não posso participar de tudo […] Dei um recibo meu para ele [Luis Miranda]? Foi consumado o ato? Dias depois daquilo foi retificado [o documento]. Se quiser superfaturar alguma coisa em 1.000% até cego vai ver”, disse Bolsonaro.

Miranda disse ter apresentado ao presidente, em março, uma nota fiscal da Madison Biotech, empresa sediada em Singapura, exigindo pagamento antecipado por 4 mihões de doses que até hoje não foram entregues.

Anteontem, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou que a PF vai investigar Miranda e seu irmão, Luis Ricardo, por denunciação caluniosa e fraude processual.