

Quem lê o inquérito do Supremo que apura o esquema de corrupção do senador Chico Rodrigues tem a sensação de estar diante de um manual sobre como desviar dinheiro público de forma aparentemente legal.
Temos mostrado há tempos que o recurso da emenda parlamentar virou a principal fonte de negociação do governo com o Congresso para a aprovação de pautas de interesse do Executivo.
Parlamentares, como Chico, têm direito a direcionar essas fatias de orçamento para aplicação em estados e municípios, normalmente, suas bases eleitorais. Áreas que demandam grandes investimentos e com pouco controle, como a saúde, são as preferidas.
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Ao direcionar recursos federais ao estado, o governador fica devedor do parlamentar e, em contrapartida, entrega o comando de determinada secretaria. No caso, o senador de Roraima passou a controlar a Secretaria de Saúde.
Para fazer o esquema funcionar, é preciso atrair empresários dispostos a fornecer materiais e serviços superfaturados ao governo. A contratação é direcionada a esses parceiros e os recursos ‘excedentes’ são desviados por meio de subcontratações e emissão de notas fiscais frias.
Operadores locais fazem então a coleta. Deputados estaduais e vereadores, em conluio, ajudam a replicar o mecanismo nas prefeituras. A ‘operação abafa’ para evitar a cassação de Chico Rodrigues tem mais a ver com cumplicidade do que com solidariedade.
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