No depoimento que deu hoje à Justiça Federal, Marcelo Odebrecht disse ser “falso” que tenha negociado com Lula o pagamento de R$ 20 milhões à empresa de Taiguara para obter financiamentos do BNDES para obras em Angola, como diz a denúncia do MPF.

Disse que era “extremamente comum” a construtora contratar empresas a pedido de políticos.

“Isso vinha de pessoas das mais diversas relações. Relações do setor empresarial, relação pessoal sua ou relação política. Esse tipo de pedido para ajudar alguém era super comum. Em geral, a gente dava oportunidade. Agora, se a pessoa não performasse, a gente não levava à frente”.

A denúncia diz que a Exergia Brasil, do sobrinho de Lula, não tinha “qualquer experiência prévia no ramo de engenharia”, e firmou, de forma repentina, 17 contratos para prestar serviços complexos à Odebrecht em Angola a partir de 2011.

Pelos supostos serviços, recebeu R$ 20 milhões, entre 2009 e 2015.