

O deputado Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, monitora com atenção especial a candidatura de Arthur Lira (PP) à sucessão de Rodrigo Maia.
Em meio à pandemia da Covid-19, Lira se aproximou do Palácio do Planalto, onde as portas foram abertas pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do seu partido, e conseguiu o apoio de Jair Bolsonaro.
Mas o entorno de Marcos Pereira não acredita que esse apoio esteja 100% garantido até fevereiro do ano que vem, quando ocorrerá a eleição interna. O entendimento é o de que o fato de Lira ser réu por corrupção no STF e as notícias de suposto envolvimento do expoente do Centrão em um esquema de rachadinha podem mudar o cenário.
Se Lira se enfraquecer, Pereira estará pronto para ser o “candidato do governo”, com o importante apoio da bancada evangélica. Ele tem conversado diariamente com deputados de vários partidos.
Hoje, Pereira, que é o primeiro-vice-presidente da Câmara, ainda é considerado do grupo de Maia, mas se o atual presidente decidir tentar uma nova reeleição — o STF está julgando ação nesse sentido — e/ou se Lira perder força, tchau.
O Republicanos é atualmente o partido de Carlos e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente da República. A pauta conservadora do partido ligado à Igreja Universal tornaria difícil o apoio da esquerda, mas não impossível. Bispo licenciado, Pereira foi acusado pela Lava Jato de ter recebido propina dos grupos Odebrecht e JBS.
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