

Além do meio milhão de reais que Wilson Witzel teria recebido de propina por meio do escritório de advocacia de sua mulher, Helena, o esquema investigado pelo Ministério Público Federal envolveu ainda pagamentos de “mesada” e “pedágio” a aliados por meio de offshores no exterior e até o armazenamento de dinheiro ilícito em um cofre em Portugal, diz a Crusoé.
Segundo os investigadores, foi o Pastor Everaldo quem instituiu um caixa único a partir de uma cobrança de “pedágio” em contratações de organizações sociais na área de saúde com o governo do Rio.
Os valores, ainda de acordo com o MPF, eram utilizados posteriormente no pagamento de propina ao primeiro escalão do governo e operadores, na seguinte proporção: “30% para o então secretário de Saúde, Edmar Santos, 20% para Witzel, 20% para o próprio Pastor Everaldo, 15% para Edson Torres, e 15% para Victor Hugo Barroso, apontado como operador financeiro do presidente do PSC.”
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A mesada paga ao ex-secretário de Saúde de Witzel foi enviada por meio de um operador financeiro para um cofre no banco Millennium BCP Prestige, em Portugal.
Durante o período em que comandou a pasta, Edmar fez três viagens a Portugal, todas custeadas pelos cofres públicos do Rio.
Leia aqui a reportagem de Fabio Leite.