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Milton Ribeiro, o doloroso

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3 minutos de leitura 22.12.2020 10:09 comentários
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Milton Ribeiro, o doloroso

Três semanas depois de Abraham Weintraub ser chutado do Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro escolheu o pastor presbiteriano Milton Ribeiro para substituí-lo no cargo. Ligado à Universidade Mackenzie e com um doutorado em educação pela USP...

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Milton Ribeiro, o doloroso
Foto: Isac Nóbrega/PR

Três semanas depois de Abraham Weintraub ser chutado do Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro escolheu o pastor presbiteriano Milton Ribeiro para substituí-lo no cargo.

Ligado à Universidade Mackenzie e com um doutorado em educação pela USP, Ribeiro assumiu o MEC em 17 de julho; sua indicação foi atribuída a Jorge Oliveira, então ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Apesar do início comedido — bem diferente de seu antecessor –, dois vídeos antigos com declarações do pastor foram desenterrados e viraram motivo de discussão logo de cara.

Em um deles, publicado em 2016, Milton afirmava que é necessário rigor e severidade na educação e defendia que as crianças deveriam “sentir dor.

Deve haver rigor, desculpe. Severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim, (as crianças) devem sentir dor.

Em outra gravação, de 2018, Ribeiro dizia que, após a criação da pílula anticoncepcional, a liberdade sexual fez com que a sociedade perdesse a “referência do que é certo e errado”.

Depois de uma enxurrada de críticas nas redes sociais, o ministro apagou o vídeo em que defendeu o castigo físico.

Também não pegou bem uma declaração em que, a pretexto de defender a profissão de docente, ele afirmou: “Hoje, ser um professor é ter quase que uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa”.

Quando Milton Ribeiro assumiu o MEC, as escolas estavam fechadas havia quatro meses por causa da pandemia de Covid-19. Estudantes da rede pública se queixavam das dificuldades de acompanhar o conteúdo à distância e reclamavam de problemas na conexão, entre outras coisas.

Ao comentar o impacto da pandemia no ensino e o aumento da desigualdade entre alunos pobres e ricos, o ministro disse em entrevista: “Esse não é um problema do MEC, é um problema do Brasil”.

Afirmou ainda que a homossexualidade não é normal e a atribuiu a famílias desajustadas.

Dois dias depois, a Procuradoria-Geral da República solicitou ao STF abertura de inquérito para investigar o ministro por eventual crime de preconceito contra homossexuais.

Para a PGR, a afirmação poderia caracterizar infração penal ao induzir ou incitar à discriminação.

Mais tarde, Ribeiro tentou justificar sua declaração, pediu desculpas e afirmou que, como pastor, tem suas “próprias convicções”, mas que é “ministro de todos“.

Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual”, afirmou.

No início de dezembro, o ministro Dias Toffoli, do STF, determinou que a Polícia Federal tomasse o depoimento de Ribeiro sobre possível crime de homofobia. O ministro rejeitou proposta de acordo da PGR para se livrar do inquérito.

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