Luiz Fux disse hoje, durante evento da XP, que não vê “nenhuma hetedoroxia” na presença de militares no governo e que não estigmatiza a escolha de alguns para determinados ministérios. Citou como exemplo positivo o ministro da Infraestrutura.

“Se o governo escolhe dentro de determinado segmento, profissionais gabaritados — como por exemplo, os senhores ouvirão o ministro Tarcísio [de Freitas], que me parece um homem de altíssima capacidade nessa área de planejamento, mas que coincidentemente é militar — eu não vejo nenhuma heterodoxia nesse quadro tendo em vista a habilidade que uma equipe deve ter com o governo central”, afirmou.

A fala contrasta com a declaração de Gilmar Mendes de que o Exército se associou a um genocídio ao colocar militares na Saúde durante a pandemia. Fux não falou sobre a pasta. Mas criticou, por outro lado, a passagem de Abraham Weintraub, que não é militar, na Educação.

“A bem da verdade, nós assistimos recentemente um ministro que não foi escolhido na carreira e que foi efetivamente uma lástima num campo tão importante do Brasil que é o campo da Educação. Porque a maior miséria do Brasil não é a miséria de dinheiro, é a miséria intelectual”, afirmou.

“Então eu não estigmatizo o fato de que militares tenham sido escolhidos para determinados ministérios”, concluiu.