

O pesquisador Bruno Filardi, diretor científico do Instituto do Câncer Brasil, disse a O Antagonista estar preocupado com o iminente colapso do sistema de saúde em várias partes do Brasil.
“A maior transmissibilidade das novas variantes, com intervalo serial mais curto, e, principalmente, o comportamento da população, como se não houvesse mais pandemia, nos trouxeram até aqui.”
Ele acredita que os números de agora “são reflexo da piora ocasionada pelo Carnaval”.
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“Talvez algumas cidades que não entraram em colapso na primeira onda vivenciem isso. Os dados são preocupantes, sim.”
Filardi acrescentou:
“O que me chama a atenção é que não temos mais a retaguarda que tínhamos na primeira onda: a disponibilidade de profissionais de saúde e de leitos me parece menor.”
A vacinação, que segue a passos lentos no país, não fez qualquer efeito ainda no controle da pandemia, na avaliação do pesquisador.
“Nada. Praticamente não tem vacinação. Vacinaram somente profissionais de saúde e população muito idosa, que praticamente não tem mobilidade.”