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O desabafo de Jonatan

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 07.01.2018 19:48 comentários
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O desabafo de Jonatan

Além de agradecer aos brasileiros pela ajuda para tirá-lo da prisão na Venezuela, Jonatan Moisés Diniz fez um longo desabafo nas redes sociais sobre sua experiência no país de Nicolás Maduro. Ele contou que chegou lá em 2016 como mochileiro e hospedou-se "no apartamento de um querido casal", ao qual só havia...

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3 minutos de leitura 07.01.2018 19:48 comentários 0

Além de agradecer aos brasileiros pela ajuda para tirá-lo da prisão na Venezuela, Jonatan Moisés Diniz fez um longo desabafo nas redes sociais sobre sua experiência no país de Nicolás Maduro.

Ele contou que chegou lá em 2016 como mochileiro e hospedou-se “no apartamento de um querido casal”, ao qual só havia perguntado “uma simples informação no meio da rua”.

Passou a saber assim, “meio por cima”, da situação da Venezuela e causou-lhe surpresa “que, com tantos problemas, esse povo poderia ser tão receptivo e amável como são”.

Participou de “muitos projetos de voluntariado em filantropia” e as fotografias tiradas por ele foram usadas por “diversas instituições” de caridade.

Nunca cobrou um centavo, porque “o importante é que de algum jeito essas pessoas estavam ajudando as crianças em perigo de morte por desnutrição com doações”.

Admitiu ter odiado Maduro no período de maior repressão aos protestos – aos quais afirmou ter comparecido sem armas – e relatou ter visto muita barbaridade de um lado e do outro.

“Quando eu não chorava pela notícia de mais um jovem assassinado que batalhava por liberdade e por um país melhor, eu chorava por ver crianças de 5, 6 anos prepararem bombas molotov no meio da avenida (…), enquanto eu via adultos de 20, 30, 40, 50, 60, 70 anos olharem a situação e não fazerem” M… NENHUMA “para afastar aquelas crianças do perigo”.

“O que mais me indigna é que a direita faz cagada, a esquerda faz cagada, o mundo inteiro vê crianças morrerem de fome e ninguém faz” M… NENHUMA PARA AJUDAR “e ainda criticam e colocam na prisão os que tentam fazer!

(…) O que passou este fim de ano é que decidi ir para Venezuela doar boa parte (a maioria, na verdade) do dinheiro que eu tinha e conquistei com muito trabalho digno para iniciar o projeto Time To Change The Earth [‘Hora de mudar a Terra’] junto com amigos ao redor do mundo, que nada mais era que doar roupas, comidas, brinquedos e o que necessitasse para quem realmente precisasse. E o mais importante, tentar de alguma maneira mudar a mentalidade das pessoas, tentar encontrar uma maneira de, em vez de guerrear, unir as partes para todos lutarem pelo mesmo objetivo.

Eu não me envolvo em política, não me envolvo em nenhum desses teatros criados por pessoas ocultas para fazermos acreditar que existe democracia. Eu não sou lado A nem lado B… Eu só não quero ver crianças morrerem por nossa culpa (…).”

Eis o post original na íntegra:

Venezuela caso complicado de explicar… meus sentimentos e experiências pelos e com os venezuelanos e a atual situação do país daria mais que um livro certamente. Mas tentarei resumir em um post a parte da situação que acredito que as pessoas estão prontas para receber como verdade. Fui para Venezuela a primeira vez em 2016 como mochileiro, qual cruzei de ônibus um total de 7 países sul-americanos em 45 dias e se não me engano fiquei 6 dias nessa ocasião em território Venezuelano. Venezuela foi o primeiro país que em 1 hora que eu havia colocado o pé nele, já estava no apartamento de alguém que jamais havia visto na vida, comendo uma arepa (comida típica Venezuelana) e compartilhando boas experiências sem me cobrarem um centavo pela comida, pelo metrô e muito menos pela hospedagem no apartamento de um querido casal qual eu somente havia perguntado de início uma simples informação no meio da rua. Me interei primeiro assim sobre a situação, meio por cima e realmente me surpreendeu que com tantos problemas esse povo poderia ser tão receptivo e amável como são. Semanas depois, por destino, acabei me apaixonando por uma venezuelana qual não tenho intensão alguma de colocá-la em todas essas notícias como eu também não tenho intensão alguma e nunca tive de pessoalmente sair em qualquer tipo de mídia ou me aproveitar dessa situação para algo pessoal ou fama (ou se quer havia imaginado a proporção que uma prisão se tornaria). Eu e ela namoramos por um ano e por todo esse ano me interei mais e mais sobre Venezuela e sua situação. E assim dia após dia fui pegando mais carinho por esse país e essas pessoas. Quando terminamos a relação (nesse momento vivíamos em Quito, Equador), decidi por conta própria ir viver na Venezuela e saber mais afundo o que é verdade e o que é mentira que falavam de Venezuela. Participei de muitos projetos de voluntariado em filantropia e nos 3 meses que estive lá dei bastante suporte na parte de fotografia. Sendo minhas fotos usadas por diversas instituições e até minha cara muitas vezes sem nem eu saber sendo usada em campanhas publicitárias para arrecadação de doações.

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