A demissão de Roberto Alvim foge ao protocolo de crise adotado até então pelo Palácio do Planalto.

Primeiro, porque a reação foi rápida, ao contrário do observado em outros episódios que desgastam o governo: Alvim caiu em menos de 15 horas após a publicação do vídeo com citação ao discurso de Joseph Goebbels.

Segundo, porque Jair Bolsonaro não saiu falando atabalhoadamente sobre o caso. Sem ter dado, até aqui, nenhuma declaração espontânea, optou por divulgar nota oficial, via assessoria da Presidência, confirmando a exoneração do secretário especial de Cultura.

Além disso, a repercussão do vídeo não foi menosprezada com acusações de “fake news” por parte do presidente e seu entorno — os filhos Flávio, Eduardo e Carlos nem sequer tocaram no assunto nas redes sociais antes da queda de Alvim.