O tiro da CPI contra Sergio Moro pode sair pela culatra O tiro da CPI contra Sergio Moro pode sair pela culatra
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O tiro da CPI contra Sergio Moro pode sair pela culatra

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Carlos Graieb
2 minutos de leitura 24.01.2022 17:59 comentários
Brasil

O tiro da CPI contra Sergio Moro pode sair pela culatra

A CPI que o PT, o Centrão e o bolsonarismo estão tentando instaurar contra Sérgio Moro não é inevitável, e pode até se transformar num tiro pela culatra...  

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Carlos Graieb
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O tiro da CPI contra Sergio Moro pode sair pela culatra
Foto: Adriano Machado/Crusoé

A CPI que o PT, o Centrão e o bolsonarismo estão tentando instaurar contra Sergio Moro (foto) não é inevitável, e pode até se transformar num tiro pela culatra

Tudo dependerá da reação de Moro, de seu partido, o Podemos, e dos grupos que o apoiam, como o MBL

Se a CPI for vista pelos eleitores como aquilo que é, ou seja, um “todos contra um”, um ataque do establishment a um indivíduo que hoje não dispõe de foro privilegiado ou qualquer outro tipo de proteção especial, Moro poderá crescer politicamente. Vítimas dos políticos de Brasília costumam contar com a simpatia da opinião pública.

Há fartos elementos para mostrar que não há pretextos justos para a instauração da comissão de inquérito. Em seus dez meses como consultor do escritório de advocacia Alvarez & Marsal, Moro não trabalhou nos casos de empresas que condenou como juiz. Além disso, sua remuneração, que os inimigos tratam como se fosse pecado, não envolveu um tostão sequer de dinheiro público. 

A CPI também quer incorporar ao seu rol de argumentos a tese “Mariz-Lewandowski”, assim batizada em homenagem ao advogado e ao ministro do STF amigos de Lula. Ela sustenta que punir a corrupção política é um erro, porque não resolve nada, e que a Lava Jato é culpada pelos problemas financeiros enfrentados por empreiteiras como a Odebrecht, que cresceram por décadas graças à cartelização de seus serviços e aos subornos pagos a autoridades. Não poderia ser mais absurdo.

Vamos repetir: a instauração da CPI não é inevitável. Se ela for instaurada, não é impossível virar o jogo. Quaisquer que sejam as circunstâncias, não se pode acreditar que o ódio à Lava Jato vai se extinguir com as eleições. Ele vai perdurar, até mesmo num eventual governo Moro, que será repleto de enfrentamentos e ameaças de CPI. O ex-juiz e sua equipe precisam cerrar os dentes e revidar, porque o jogo é mesmo bruto.

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Carlos Graieb

Carlos Graieb é jornalista formado em Direito, editor sênior do portal O Antagonista e da revista Crusoé. Atuou em veículos como Estadão e Veja. Foi secretário de comunicação do Estado de São Paulo (2017-2018). Cursa a pós-graduação em Filosofia do Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

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