Operação do MP de São Paulo deflagrada hoje mira as movimentações financeiras do grupo MBL. De acordo com os investigadores, há transações suspeitas e indícios de lavagem de dinheiro em empresas ligadas ao grupo, além de “confusão jurídica empresarial” entre o MBL e o Movimento de Renovação Liberal (MRL).
Dois ativistas ligados aos financiamentos do grupo foram presos: Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan).
Segundo os promotores envolvidos no caso, o MBL recebe dinheiro de “forma suspeita” pela plataforma Google Pagamentos, que desconta 30% do valor doado, em vez de receber doações diretamente nas contas do grupo.
De acordo com as investigações, a família Ferreira dos Santos, fundadora do MBL, constituiu diversas empresas diferentes, em manobras para evitar pagar impostos. Hoje a dívida dessas companhias é de mais de R$ 400 milhões, segundo os promotores.
O MP-SP informou também que Alessander Monaco fez “movimentações extraordinárias suspeitas” e foi um dos doadores do MBL por meio da plataforma do Google. E viajou mais de 50 vezes para Brasília entre julho de 2016 e agosto de 2018, sempre para o Ministério da Educação.
Luciano Ayan, segundo o MP de São Paulo, abriu pelo menos quatro empresas de fachada e fazia ameaças a quem questionava o financiamento do MBL. A Receita Federal ainda apontou movimentações suspeitas e incompatíveis com o patrimônio de Ayan.
A O Antagonista, Renan dos Santos, coordenador do MBL, disse que é vítima de uma armação.
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