Assim como o grupo Muda, Senado — veja aqui –, a bancada do partido Novo na Câmara decidiu reforçar seu posicionamento favorável à manutenção do veto ao Orçamento de 2020 que, se derrubado, dará ao Congresso o controle de 30,1 bilhões de reais em emendas neste ano de eleições municipais, como revelamos na semana passada aqui.

Paulo Guedes e Davi Alcolumbre se reuniram ontem à noite para tratar do assunto, como também noticiamos. O governo, ao que tudo indica, depois de entender a dimensão do assunto, parece estar tentando recuar de um acordo com o Parlamento para a derrubada do veto.

O deputado Paulo Ganime, líder do Novo, afirmou que o partido continuará trabalhando para a manutenção do veto “ao texto que dá poderes exagerados ao relator do orçamento”.

“A influência dos parlamentares na destinação de verbas dos ministérios já existe hoje, mas ela passa por um crivo técnico do ministério. Trazendo para o relator [essa análise, como se propõe], a decisão será puramente política, principalmente se não forem definidos critérios claros, podendo ficar nas mãos de um grupo de parlamentares.”

Vale lembrar que, como antecipamos na semana passada, o PSL orientou seus parlamentares a votarem pela derrubada do veto, justamente alegando “acordo com o governo” — leia mais aqui.

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