Na decisão que autorizou a deflagração da Operação SOS, Francisco Falcão, do STJ, disse que foi encontrada uma “máquina de contar cédulas” na casa de Parsifal de Jesus Pontes, ex-secretário da Casa Civil do Pará.

Segundo o ministro, “a posse de tal equipamento é forte indicativo do manuseio de valores em espécie, que constituem meio frequente de pagamento de propina”.

Parsifal, que hoje é secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, foi preso esta manhã, durante a deflagração da operação, que investiga desvios na contratação de organizações sociais para gestão de unidades hospitalares e instalação de hospitais de campanha.

Segundo o ministro Francisco Falcão, Parsifal “tem protagonismo nas tratativas relacionadas à área da saúde, inclusive com o governador, e grande interlocução com as organizações sociais que atuam na saúde do estado do Pará, obnubilando o próprio secretário de Saúde, Alberto Beltrame”.

A investigação mira 12 contratos assinados entre agosto de 2019 e maio deste ano que custaram aos cofres paraenses R$ 1,2 bilhão.