

O decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello, criticou a decisão do ministro Kassio Nunes Marques que liberou cultos e missas em meio ao agravamento da pandemia. “Nós podemos muito bem rezar e observar a nossa religião no recinto do lar”, disse o decano a O Antagonista.
“Atos assim acabam diminuindo a importância e a credibilidade do Supremo frente à opinião pública”, disse o ministro, que complementou. “A atribuição não seria dele individualmente e a medida não era tão urgente assim”, opinou o decano do STF.
Para o ministro Marco Aurélio Mello, o caso não deveria ser alvo de uma decisão monocrática. “Em processo objetivo, a atribuição, estando o Supremo aberto, e ele está, é para o plenário. Exigindo-se para o implemento de tutela de urgência, seis votos. Por isso, causou perplexidade o ato do colega”, disse o decano.
“Eu penso que ao invés de ele atuar, como o fez, ele deveria ter aparelhado o processo e ter levado aos colegas. E feito o relatório, conferir o primeiro voto”, analisou Mello.
O ministro Kassio Nunes Marques autorizou a realização de cultos e missas em todo o país de maneira presencial. A decisão foi publicada no sábado.
Nunes Marques determinou ainda que os espaços religiosos sigam os protocolos sanitários para evitar infecções pelo coronavírus, limitando a presença nesses lugares a 25% da capacidade do público.
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