Passadas as primeiras 48 horas desde o roubo dos 718 quilos de ouro por um grupo de homens armados, no aeroporto de Guarulhos, a polícia de São Paulo acredita que as chances de o material ser recuperado são cada vez menores.

Delegados ouvidos pela Folha disseram que tudo indica se tratar de uma quadrilha “bem organizada”, que a esta altura já deve ter dado um destino para o material.

“É uma moeda que você consegue replicar no mercado muito facilmente. Eles conseguem derreter esse ouro e retirar a procedência ilícita”, afirmou o delegado João Carlos Miguel Hueb, responsável pela investigação do caso.

Marcos Caetano, ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista, diz que, quanto mais o tempo passa, menores as chances de o crime ser solucionado: “É a velha máxima: ‘o tempo que passa é a verdade que se perde'”.