O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Júlio Garcia (PSD), contratou como advogado Rafael Pina Von Adamek, filho de Carlos Von Adamek, braço-direito de Dias Toffoli que atuou como secretário-geral do CNJ até setembro.

Com Rafael, atuam mais sete advogados.

Garcia foi denunciado por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, fraude em licitação e formação de organização criminosa no âmbito do inquérito da Operação Alcatraz. Os crimes se referem ao período em que Garcia era conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Ele é acusado de tirar proveito da influência política para indicar cargos comissionados, direcionar licitações para uma empresa de que seria sócio oculto e enriquecer ilicitamente.

Na semana passada, após três tentativas, conseguiu fazer com que o caso fosse julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não na primeira instância.

O caso de Júlio Garcia poderia ser algo lateral no noticiário político, mas amanhã ele pode se tornar governador de Santa Catarina, caso o tribunal misto resolva afastar Carlos Moisés (PSL) e a vice Daniela Reinehr no processo de impeachment que está em curso.

Moisés e Daniela são acusados de equiparar o salário dos procuradores do Estado aos da Assembleia Legislativa sem autorização legal.