O procurador Carlos Alberto Vilhena, da Procuradoria dos Direitos do Cidadão do MPF, considerou que Jair Bolsonaro cometeu o rime de racismo contra homossexuais e contra os maranhenses com sua piada sobre o Guaraná Jesus no Maranhão.

Em discurso em 29 de outubro, Bolsonaro, ao receber um copo com a bebida, fabricada no Maranhão, disse: “Agora virei boiola, igual maranhense, é isso? O guaraná cor-de-rosa do Maranhão, olha aí. Quem toma esse guaraná aqui vira maranhense, hein? Guaraná cor-de-rosa no Maranhão. Que boiolagem isso aqui”.

Para o procurador, “as condutas configuram, ao menos em tese, o crime de racismo – tipificação na qual se enquadram as condutas homofóbicas e transfóbicas, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal”. Ele fez referência às decisões do STF de equiparar a homofobia ao crime de racismo.

A manifestação de Vilhena está num parecer em resposta à representação do PSOL, que acusa Bolsonaro de apresentar, “de maneira reiterada e persistente, uma postura abertamente homofóbica”.